Olá querido leitor, olá querida leitora!

Por aqui Pablo falando. Tudo bem com vocês?

Hoje eu quero trazer um texto que não é de minha autoria. Eu até gostaria que você, mas Deus quis que o autor não se identificasse e que a mensagem fosse repassada à sociedade.

Afinal, como PRF que sou, confesso que estou triste com os acontecimentos recentes.

Lamento todas as mortes ocorridas. São tragédias, de fato…

Mas, enfim, hoje não é sobre mim… é momento de reflexão.

E nada melhor do que trazer até você esta mensagem, escrita por um PRF para a sociedade.

Afinal, nossa amada Instituição não se posicionou oficialmente da maneira que gostaríamos. Assim como toda a mídia, preferiu condenar socialmente os envolvidos antes do devido processo legal.

A você, peço que leia esta carta sua totalidade. Ela reflete muito bem o sentimento que paira sobre todos os Policiais Rodoviários Federais do nosso Brasil.

Veja a Carta na íntegra:

Olá, tudo bem? Peço alguns minutos para um breve desabafo, um desabafo impessoal. Não importa quem eu sou nem importa o meu nome. A única coisa que importa você saber, e importa muito, é a minha profissão. Eu sou policial rodoviário federal. Sou só mais um policial da chamada atividade-fim, ou, como diria algum jornalista de pena afiada, um “guarda da esquina”, eu sou um operário do chão de fábrica da PRF. Peço sua atenção para a “a nota de esclarecimento do PRF anônimo à sociedade”.

Para começar, preciso citar um trecho de uma música de rock nacional que me define bem, “eu sou do povo, eu sou um Zé ninguém”. Sou daqueles que não têm cargos importantes na Instituição – aliás, nunca os tive nem faço questão de tê-los –, mas, em contrapartida, quero que você saiba que eu, o PRF anônimo, faço todo tipo de serviço em defesa da sociedade e que em mim estão representadas todas as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros.

Eu sou o gari, sim, o gari! Eu sou o policial que para a viatura e recolhe o lixo. Sabe aqueles pedaços de papelão, de madeira ou de ferro que caem dos veículos sobre a pista e que podem assustar um condutor, desviando-o para um acidente fatal? Sou eu quem os limpa da pista para que isso não ocorra. Além de gari eu também sou um vaqueiro, daqueles que aboiam os animais perigosos soltos em alguma BR. E isso me lembra outra música, uma de Luiz Gonzaga, pois assim como o vaqueiro de Gonzagão, o vaqueiro PRF, assim como todo policial neste país, quando morre, tem o corpo “sacudido numa cova” e “o seu nome é esquecido, nas quebradas do sertão”. Alguém que lê esta nota lembra o nome, pelo menos o primeiro nome, de algum policial morto na última semana? Tenho certeza que não.

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Eu também sou o motorista, o que viaja 300, 400, 500 quilômetros em rondas todo plantão, faça chuva ou faça sol, de dia, de noite ou de madrugada. Faço isso para patrulhar as rodovias e garantir a fluidez dos veículos que trazem o combustível, as
mercadorias ou os alimentos indispensáveis para o seu carro, para o seu comércio ou para a subsistência da sua família. Mas eu sou o assistente social, aquele que presta auxílio aos grupos de pessoas socialmente vulneráveis. Sabe quando você liga para a
polícia e diz que tem um andarilho faminto e maltrapilho sobre o asfalto, atrasando sua chegada ao trabalho? É a mim que você chama. Sabe quando um carro de gente rica ou de gente pobre, ocupada por idosos, gestantes, mulheres ou crianças, está quebrado ou sem combustível no meio de algum rincão escuro e hostil de uma estrada ou rodovia? É a mim que vocês pedem socorro.

Fora essas profissões, eu sou psiquiatra. O profissional que tem de tomar decisõesrápidasfrente às pessoas que têm surtos psicóticos no meio do trânsito, muitas vezes pessoas essas abandonadas pelo sistema oficial de saúde ou negligenciadas por
suas próprias famílias. Eu tenho que ser um psicólogo para salvar as pessoas desiludidas, aquelas que têm o desejo de acabarem com a própria vida, mas que, pelo estado emocional instável, podem matar a mim ou a outras pessoas. Sou eu que me arrisco e
resolvo esse problema para você!

Eu não posso deixar de dizer que sou médico. Mesmo sem equipe de apoio, ambulância avançada nem um centro de cirurgia, eu faço o parto emergencial, sou aquele que contém a hemorragia do membro fraturado com ossos expostos, o que desengasga a criança sufocada por algo que ela engoliu durante a viagem, sem poder perder o controle emocional em meio aos gritos de desespero da mãe. Eu sou daqueles bombeiros que tiram o desacordado do carro antes que o veículo acidentado em que
ele estava se consuma em chamas.

Eu sou o conselheiro tutelar, aquele que de madrugada resgata crianças e adolescentes das situações de exploração sexual ou que salva seu filho de uma situação de risco, quando ele foge da sua casa ou pega o seu carro escondido. Eu sou o auditor do trabalho, um abolicionista contemporâneo que liberta trabalhadores em situação de escravidão. Eu sou o fiscal de meio ambiente, o que devolve à natureza animais contrabandeados, o que recupera madeira colhida ilegalmente, o que coíbe a exploração ilegal das riquezas minerais do Brasil. Eu sou o agente de saúde pública que arrisca a vida para apreender as drogas que poderiam ser a porta de destruição da sua família. Eu sou o guarda patrimonial, sou a pessoa que arrisca meu bem mais preciso, a minha vida, para recuperar o seu bem material, aquele carro, caminhão ou carga que roubaram de você.

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Eu sou o professor, que educa pessoas para exercerem cidadania no trânsito e na vida, o educador que faz desde cinema rodoviário e palestras a festivais educativos nas escolas, sensibilizando centenas de milhares de condutores e de alunos. Eu sou o
juiz, o advogado e o promotor, quem primeiro pondera as situações criminais que serão discutidas depois. Eu sou o perito que analisa a cena dos acidentes de trânsito a fim de trazer subsídios para que o Poder Judiciário responsabilize os culpados, civil e
penalmente. Eu sou o conciliador que pacifica as brigas de trânsito, evitando que as pessoas se matem por discussões que começaram por conta de uma manobra errada.

Eu sou o assistente administrativo que tira as suas dúvidas sobre suas multas e processos, sou aquele que imprime gratuitamente seu boletim de acidente e explica a você a narrativa. Eu sou o guia turístico que, pacientemente, te indica a melhor estrada
ou caminho. Eu sou o cartorário que recebe seus recursos administrativos nos postos. Eu sou o jornalista que tira fotos e presta informações à imprensa sobre as ações da polícia, porque elas precisam ser públicas.

Eu sou aquele legalmente incumbido de garantir a segurança das autoridades, quem fez a escolta de FHC, de Lula e de Dilma nos seus eventos públicos e inaugurações durante as disputas das suas reeleições, e sou eu que faço isso para Bolsonaro hoje. Minha polícia é uma polícia de Estado e não de Governos. A gente serviu, serve e servirá a quem o povo, nosso legítimo patrão, escolher democraticamente. Claro que os policiais têm suas preferências políticas, mas eu repito, a Instituição serviu, serve e servirá a todas as autoridades constituídas, independentemente de suas ideologias ou partidos.

Enfim, eu quero dizer à sociedade tudo o que eu, o Zé ninguém, PRF anônimo, sou. Mesmo sem todos os meios para cumprir tantas funções, eu me viro para tentar cumprir da melhor forma tudo aquilo que exigem que eu seja. Eu sou o gari, eu sou o
vaqueiro, eu sou o motorista, eu sou o assistente social, eu sou o psiquiatra, eu sou o psicólogo, eu sou o médico, eu sou o bombeiro, eu sou o conselheiro tutelar, eu sou o auditor do trabalho, eu sou o fiscal do meio ambiente, eu sou o agente de saúde pública, eu sou o guarda patrimonial, eu sou o professor, eu sou o juiz, o advogado e o promotor, eu sou o conciliador, eu sou o perito, eu sou o assistente administrativo, eu sou seu guia turístico, eu sou o cartorário, eu sou o jornalista, eu sou todos os brasileiros de bem desta Nação.

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Mas também peço licença para dizer o que não sou. Nem eu nem meus colegas somos racistas ou nazistas. Aos que querem justiça pela tragédia em Sergipe, eu também quero. Sim, além de tudo que já citei, também somos juristas e premiados defensores dos direitos humanos. Por também sermos isso, cabe-nos rememorar à sociedade que um dos pontos vitais dos direitos fundamentais é o princípio da individualização da pena, que determina que cada pessoa responda pelos próprios
erros cometidos. Não a família de quem erra, não toda uma categoria profissional. Entretanto, ainda assim, para dizermos categoricamente que alguém errou e merece condenação, precisamos respeitar o trâmite de um processo com etapas formais,
precisamos do devido processo legal, com ampla defesa e contraditório. Que são outros princípios irrenunciáveis para uma sociedade democrática de direito e civilizada.

Assim, mesmo culpados frente ao que vemos ou ao nosso julgamento pessoal, os acusados têm direito a um processo legal, e essa regra vale para todo cidadão, seja um PRF, Lula ou Bolsonaro. Os riscos de processos conduzidos de forma afoita são a
condenação de inocentes ou o cometimento de erros processuais que colocarão os piores culpados nas ruas.

Aos irmãos de farda, outros policiais da pista ou da administração, que estão com o coração sangrando, com o moral abatido, desnorteados pelas generalizações demagógicas e oportunistas, eu vos digo: não tenham vergonha do que vocês são, pois
nosso defeito mais grave é apenas ter a ilusão de esperar compreensão e o devido reconhecimento da sociedade. Ergam a cabeça. Não permitam que ninguém destrua seus méritos e sua dignidade. Esse momento é uma provação dura, mas uma
oportunidade de renascimento institucional e de correção de rotas. Nós somos todos os brasileiros honrados desse país, nós somos os mais versáteis funcionários públicos a serviço da sociedade, nós somos policiais rodoviários federais (anônimos).

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